CÂMARA MUNICIPAL DE PONTE NOVA

ESTADO DE MINAS GERAIS

 

Ata da 3ª Reunião Ordinária Fixa do 2º Período da 2ª Sessão Legislativa da atual legislatura, em 20/03/2006, às 19:00 horas, sob a presidência do vereador Wagner Mol Guimarães. Aos vinte dias do mês de março do ano de dois mil e seis, às dezenove horas, na sala Presidente João Mayrink, Plenário da Câmara Municipal de Ponte Nova, realizou-se a 3ª Reunião Ordinária Fixa do 2º Período do ano em curso, sob a Presidência do Vereador Wagner Mol Guimarães. Feita a chamada, foram constatadas as presenças dos seguintes Vereadores: Antônio Benedito de Araújo, Antônio Lopes Pereira, Dennis Mendonça Ramos, José Anselmo B. Vasconcellos, José Mauro Raimundi, Paulo Roberto dos Santos, Valéria Cristina Alvarenga dos Santos e Wagner Mol Guimarães. As vereadoras Ana Maria Ferreira e Rosângela Maria Souza da Cruz justificaram suas ausências. Havendo número legal, o Senhor Presidente deu início à reunião solicitando ao Secretário a leitura da ata da reunião anterior. Votada, foi aprovada à unanimidade. Em seguida, foram lidas as correspondências recebidas. Prosseguindo a reunião, foram lidas as indicações dos Srs. Vereadores e após, foram feitas indicações Verbais pelos seguintes Vereadores: José Mauro: a) Solicitando enviar ofício de Moção de Pesar aos familiares do Sr. Roberty Martins da Silva, pelo falecimento de sua esposa, em 17/03/2006. Wagner Guimarães: a) solicitando à Secretaria Municipal de Assistência Social que dê apoio aos moradores da Vila Alvarenga na formação do Centro Comunitário do bairro. Valéria Alvarenga: a) solicitando ao Executivo que determine com urgência melhorias na iluminação do bairro Nova Almeida, pois existem lâmpadas queimadas e quebradas em diversas ruas, trazendo insegurança aos moradores. Solicitando à SEGOV e SEGEP que providencie a colocação de bebedouros e cadeiras no hall da Prefeitura, para as pessoas que aguardam na fila para resolver problemas. Solicitando ao Presidente desta Casa marcar audiência pública com os feirantes do Mercado do Produtor Rural, para debater o projeto sobre a construção do CVT. Toninho Araújo: a) solicitando ao Executivo: através da SEMSA, que informe o motivo pelo qual ainda não contratou funcionário para substituir a servidora que está licenciada, para prestar atendimento no Posto de Saúde do bairro São Pedro, e continuando a dar cestas básicas a quem trabalha a cada 15 dias. Através da SEMOB, que informe os motivos pelos quais ainda não foi efetivada a contratação de professor de matemática para a Escola Municipal Senador Miguel Lanna, pois as aulas estão terminando mais cedo pela falta do profissional, e informar ainda quando se dará a contratação de um inspetor de alunos na mesma escola. Prosseguindo a reunião, o Presidente deu início às Matérias do Legislativo, fazendo a leitura das propostas de emenda à Lei Orgânica 1/06, que altera o inciso XV do artigo 90, o § 2º do artigo 95 e os parágrafos 1º e 4º do artigo 110 da Lei Orgânica do Município. 2/06, altera o artigo 38 da Lei Orgânica Municipal. Na seqüência, foi feita a leitura do Projeto de Lei no 14/06, que institui o Código Municipal de Defesa do Contribuinte, cria o Conselho Municipal de Defesa do Contribuinte. Encaminhado às Comissões de SPM / FLJ. Em seguida, o Presidente deu início às Matérias da Ordem do Dia, colocando em discussão e votação as indicações protocoladas sob os nºs 49/06, solicitando ao Executivo informar o valor pago ao “trio elétrico” (ônibus com sonorização) e a estimativa de despesas de combustíveis com a carreata realizada na manhã de 11/03, para apresentar os veículos adquiridos pelo Município. Colocada em discussão, o vereador Toninho Araújo disse que o povo precisa saber quanto foi gasto com aquela carreata. Colocada em votação, a indicação protocolada foi aprovada à unanimidade. 50/06, solicitando ao Executivo informar a relação de peças e respectivos valores, necessárias ao conserto dos caminhões de coleta de lixo que se encontram parados no pátio da Prefeitura. Colocada em discussão, a vereadora Valéria Alvarenga reforçou a indicação, lembrando que no ano passado foram contratados dois caminhões de lixo por um período de sete meses, pago pela Prefeitura, num total de R$ 30 mil por mês. Com isso, essa indicação se faz necessária. Colocada em votação, a indicação protocolada foi aprovada à unanimidade. 51/06, solicitando ao Executivo encaminhar cópias das atas das reuniões do Governo Itinerante realizadas nos bairros São Pedro e Cidade Nova. Colocada em votação, a indicação protocolada foi aprovada à unanimidade. 52/06, solicitando ao Executivo informar quando irá começar o calçamento do bairro Cidade Nova. Colocada em votação, a indicação protocolada foi aprovada à unanimidade. 53/06, do vereador Toninho Araújo, solicitando ao Executivo informar os motivos do não cumprimento da Lei 34/96, modificada pela Lei 2.244/98, que institui o registro de quilometragem e abastecimento de veículos da Prefeitura Municipal, no que diz respeito ao envio dos documentos a Câmara Municipal. Colocada em votação, a indicação protocolada foi aprovada à unanimidade. Antes de fazer a 1a discussão e votação dos Projetos de Lei, o presidente suspendeu a reunião por 15 minutos, para que o Sr. Prefeito Municipal, Dr. Luís Eustáquio Linhares, faça uma comunicação importante aos vereadores e ao público presente. Primeiramente, o Sr. Prefeito aproveitou a oportunidade para parabenizar o Sr. Presidente e sua família pela ordenação do Pe. Joaquim, agora como bispo. O Sr. Prefeito cumprimentou carinhosamente todos os feirantes presentes na casa, e disse que o motivo que o trouxe aqui foi justamente uma questão que envolve os produtores rurais. Taquinho manifestou seu profundo respeito por essa classe sofrida, que há anos e anos vêm sofrendo políticas insuficientes – e às vezes injustas – no nosso país, dificultando todo um processo de desenvolvimento de nossa nação, de enriquecimento de nosso povo. O que o trouxe até a Casa foi com o objetivo de fazer alguns esclarecimentos em relação ao momento de feirantes e CVT, que está sendo confundido; por isso é necessário que se coloque as coisas com mais exatidão, para que todos possam ter um entendimento real da situação, e que cada um de nós possamos ficar tranqüilos com nossas atitudes e decisões. O que motivou o Sr. Prefeito a vir aqui foi uma mobilização que está acontecendo entre os feirantes de um tempo para cá, em relação à transferência da feira da rua Assad Zaidan e do Mercado Produtor Rural. Houve uma reunião na igreja, com a participação de alguns vereadores, e o Sr. Prefeito entende que está havendo um equívoco no entendimento dessa situação, porque a feira não tem a ver com o CVT, exceto no ponto de encontro de um imóvel, onde se situa parte dos feirantes hoje. Dr. Taquinho Linhares lembrou que, desde o primeiro semestre do ano passado, o seu governo começou a fazer reuniões, visando a transferência da feira daquele local, sendo que todos entendem que lá é um local inconveniente. Inicialmente, a idéia era levar a feira  novamente para a Praça de Palmeiras, e em algumas das reuniões, isso ficou decidido. Servidores da Prefeitura, tendo a frente a Sra. Isabel Ermenegildo, que tem um contato intenso e antigo com os feirantes, estava encaminhando essa transferência, e otimizando-a, porque o governo queria que ela ocorresse em melhores condições, com melhores barracas, a possibilidade de uniforme para os feirantes, uma divisão do espaço de maneira mais adequada, atendendo o interesse dos feirantes e da população. A decisão anterior do governo era que, desocupado aquela área, o Mercado Produtor seria ocupado pela “Socata”, que é uma associação extremamente sofrida, e que está precisando que resolvam sua situação. Porém, houve uma demora nesse preparo, e surgiu a possibilidade de asfaltar o local do Mini Ceasa, na Coplacan. Uma verba já tinha vindo com essa finalidade há cerca de dois anos, e não foi feito, o contrato venceu, o Governo do Estado levou o dinheiro; mas com muito custo, através de inúmeras ações, com inúmeros deputados, de diversos partidos, o governo municipal conseguiu novamente a verba e a autorização para fazer o asfaltamento em volta da área coberta do Mini Ceasa. Isso foi feito, e a partir daí, com aquela efetivação, a Coplacan teve o interesse em fazer um convênio com a Prefeitura, de tal forma que abrigasse lá a feira. Após análise técnica, foi concluído que lá realmente seria o local ideal, porque é uma área que oferece condições que outros lugares não interferem. Exemplo disso é a não interferência do trânsito, além de ser uma área coberta. O lugar também vai ser cercado, vai ter guarita, banheiros, e estará próximo ao local onde os equipamentos, charretes, animais dos feirantes ficam, e para a população, além de estar perto de um grande supermercado. Houve uma demora no entendimento com a Coplacan, porque para a coisa para ser feita dentro da legalidade, precisa de uma série de procedimentos e formalidades, que realmente atrasam. No dia 7 de março, foi formalizado o convênio com a Coplacan, através do qual o governo municipal vai efetuar outras melhorias, como cercar o local, fazer a guarita, e os dois banheiros; além da liberação para algumas pessoas usarem aquela área durante dez anos ou mais. O Sr. Prefeito disse que deixará uma cópia deste convênio para o Sr. Presidente e os demais vereadores. No dia 9 de março, foi efetivado o contrato administrativo de locação daquele imóvel, para ser utilizado lá os noventa espaços para a feira, usados como mini-mercado de produtores rurais, como o Mini Ceasa; e tem ainda as divisões, que serão cedidas para os produtores trabalharem duas ou três vezes por semana. Aos domingos estará folgado, então está cedido para a Prefeitura em forma de aluguel. A idéia do CVT, segundo o Sr. Prefeito, surgiu em dezembro. Já se tinha uma promessa desde o início de 2005 de Ponte Nova ganhar esse CVT, mas não existia a evidência, tanto que nem foi colocado no Orçamento o dinheiro para a construção, motivo de uma lei que se encontra nesta Casa. Quando surgiu a idéia do CVT, houve uma necessidade de se achar um local onde ele pudesse ser instalado, e essa escolha obedece critérios técnicos. Não foi a Prefeitura que definiu que o CVT funcionaria no Mercado do Produtor Rural. A partir daí, ficou feita a escolha do CVT naquele local. Nesse intervalo, surgiu um questionamento de alguns feirantes, que trabalham no Mercado, alegando que a saída daquele local traria prejuízos para eles, já que alguns investiram uma certa quantia. O Sr. Prefeito disse que, em nenhum momento, passou pela nossa cabeça e nem foi afirmado por alguém que algum produtor rural seria lesado, todos os direitos que existirem serão respeitados. Segundo o Dr. Taquinho, parece que cinco pessoas investiram um alto dinheiro naquele local, sendo uma delas o vereador Toni do Badalo, que gastou cerca de R$ 5 mil reais. Então, o Sr. Prefeito reafirmou que não existe a intenção da Prefeitura de lesar qualquer produtor que seja. Existe uma lei que foi votada em 1994, e esses produtores que se julgam lesados, eles poderão analisar a lei, para ver realmente aquilo que eles têm direito. Com isso, o Município estudará a situação e indenizará a pessoa, pelo gasto que ela tem dinheiro legalmente, e que efetivamente foi feito. O Sr. Prefeito disse que veio a esta Casa para evitar que, por falta de dados, houvesse uma votação equivocada, como houve no caso da verba do FUNDEF, e que depois um ou outro vereador reclamou que não havia dados suficientes. Então, o Dr. Taquinho disse que a sua presença na Câmara não é para convencer ninguém, e sim para colocar dados necessários à análise deste projeto, que é de fundamental importância. O CVT é uma estrutura informatizada que tem como finalidade o ensino através da informática na capacitação profissional de trabalhadores. Serão duas salas, com vinte computadores, capazes de treinar 240 pessoas por mês. Cursos de curta duração de um mês poderão ser dados a 240 pessoas a cada mês. E existe em Ponte Nova cerca de 7 mil desempregados, que não conseguem emprego porque não tem qualificação. Além das duas salas de informática, no CVT existirá ainda uma encubadora de pequenas empresas, que servem para capacitar pequenos empresários, ou empresários iniciantes, de tal forma que eles adquiram capacidade de alto gerenciamento, e não se incluam dentro dos 70% de empresários que quebram no primeiro ano de funcionamento de firma.  Além dessas duas importâncias, o CVT tem também neste local uma sala de vídeo conferência, que Ponte Nova não tem. E a coisa que interessa muito às pessoas que saíram do plenário é o laboratório de fruticultura, que ensinará de maneira prática todo o procedimento envolvido no plantio até a venda dos subprodutos da fruta, isto é, a escolha da terra, o seu preparo, tratamento, a adubação, o plantio, o tratamento, a colheita e a pós-colheita. Então, o alcance de um CVT é imensurável. Além dos sete mil desempregados, Ponte Nova tem ainda de dois a três mil jovens que terminaram o 1o e 2o grau, e que não tem condições de pagar um curso de qualificação, reivindicam emprego, mas não conseguem porque não tem qualificação. Tamanha a importância dos CVT’s que o governador Aécio Neves tem ido nas inaugurações de outras cidades, sendo vinte já em Minas Gerais. Por esse motivo, Dr. Taquinho disse que enviou no dia 15 de fevereiro um ofício para o Governador, onde ele relatou que gostaria da visita do Sr. Aécio Neves em Ponte Nova, ficando a data a seu critério. O Sr. Prefeito disse que a previsão era que o CVT fosse inaugurado no próximo dia 31, mas isso não ocorreu em função da demora do projeto aqui na Câmara Municipal. Ou seja, não foi o Sr. Prefeito que determinou o local, foi a população que escolheu. O laboratório que será implantado no CVT é caríssimo, e só algumas 60 cidades o receberão. Segundo Taquinho, Ponte Nova está ganhando um presente de Deus, para qualificar de um a dois anos esse pessoal que está desempregado. O Sr. Prefeito disse que ficou sabendo da resistência da Câmara, que havia disposição a partir de reuniões que haviam sido feitas com alguns feirantes, na lei autorizativa da dotação orçamentária, para colocar uma emenda impedindo que o CVT ficasse instalado no Mercado. A Prefeitura então enviou um ofício, no dia 13 de março, para Belo Horizonte, solicitando aos fiscais que vistoriaram os locais selecionados de Ponte Nova, se haveria algum outro que atenda as exigências do projeto a ser implantado. No dia 17 de março, a resposta chegou, relatando a impossibilidade de alterar o local previsto para a instalação do CVT, tendo em vista que as outras alternativas apresentadas não atendem as exigências técnicas de localização e espaço. O Sr. Prefeito disse lamentar a presença de outros vereadores, mas com certeza o Sr. Presidente e os demais presentes irão comunica-los, que Ponte Nova corre o risco de perder o CVT em Ponte Nova. Na próxima quinta-feira, dia 23, às 15 horas, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, haverá uma reunião para a qual foi convidado. Lá, o Sr. Governador irá lançar o 2o módulo dos  CVT’s em Minas. Serão contempladas algumas cidades, entre elas Ponte Nova. O que o Sr. Prefeito teme é que, se houver uma demora de instalar o CVT, centenas de cidades estão mandando requerimentos, e Ponte Nova pode acabar perdendo sua chance, pois ninguém sabe se terá um 3o módulo. O projeto do CVT é do Governo Federal, em parceria com o Governo do Estado, cabendo aos municípios dar a instalação, a edificação. O Sr. Prefeito disse que veio a esta Casa como parceiro, para lavar a sua consciência e deixá-la tranqüila perante o povo de Ponte Nova. Dr. Taquinho disse que cada um deve fazer a sua parte. Por isso, o Executivo mandou para a Câmara um outro projeto, em substituição ao primeiro, porque no antigo ele pedia a criação de uma dotação orçamentária no valor de R$ 150 mil reais para a construção no Mercado do Produtor Rural, porque quando o Executivo recebeu a notícia de que realmente a cidade ganharia um CVT, o orçamento já estava pronto, não havia como modificar. E no projeto original, ele colocou que a edificação seria feita no Mercado do Produtor Rural. Então, já foi mandado um substitutivo tirando este local, justamente para que os vereadores não tenham que se comprometer. O Executivo topa assumir o ônus sozinho do prejuízo, e dividir o lucro com o Legislativo. O Sr. Prefeito explicou que o local passa a ser ônus da Prefeitura. Se der problema, o ônus é do Executivo; mas se der certo, coisa que o Sr. Prefeito tem certeza, o Legislativo vai desfrutar da mesma forma que desfrutou do Projeto da Escola Técnica, onde ao invés de 80 alunos estarem matriculados, hoje tem 94; com a promessa da CVRD de absorver todos no final do curso com estágio remunerado, e depois contratá-los. Dr. Taquinho disse que o salário de um técnico em metalurgia hoje está de R$1200 a R$ 1500 reais. Já o CVT terá um alcance muito maior, pois existem de 8 a 10 mil pessoas esperando qualificação, e serão 240 pessoas que poderão ser treinadas em cursos de um mês. Se houver a emenda que foi sugerida na Câmara, a partir do momento que o CVT não puder se instalar no Mercado do Produtor Rural, o Sr. Prefeito falou que o Legislativo provavelmente estará condenando Ponte Nova a não ter o CVT, porque não terá tempo. O Executivo disse que correrá atrás, levantando imóveis possíveis na cidade que estejam a venda. Depois disso, será preciso convocar a Secretaria de Ciência e Tecnologia para mandar os técnicos. Eles virão e, por ventura, liberarão. Depois, será negociado com o dono, mas ele dobrará o preço, porque sabe que o Executivo estará com “a faca no pescoço”. Depois disso, tem que ser feita a licitação, demora pra fazer, demora pra comprar; e depois que comprar, tem que fazer um novo projeto, que se adapte às dimensões do novo lote adquirido. Feito este projeto, ele precisará ser enviado novamente para a Secretaria. O Sr. Prefeito calculou que essa hipótese durará de 4 a 6 meses, e Ponte Nova provavelmente estará perdendo seu CVT. Dr. Taquinho disse também que a situação já estava decidida anteriormente antes do CVT, que era a transferência dos feirantes daquele local. Agora, existem cinco feirantes reclamando de um direito monetário. Dr. Taquinho disse que era vereador – e o Dennis Mendonça também – no período em que o mercado foi construído. Ele acompanhou de perto a construção, e houve uma participação de alguns produtores, dando um pouco de mão-de-obra para a construção do piso, e cinco produtores colocaram porta e fizeram um pequeno investimento lá. Isso é um investimento que é perfeitamente possível de ser ressarcido pela Prefeitura, porque são quantias pequenas, que não chegará a R$ 3500 reais. O Sr. Prefeito deixou uma pergunta no ar para os vereadores, para que eles olhem a responsabilidade. Cabe ao Executivo fazer apenas a sua parte, e eles já correram atrás com muita energia, sem perder nenhum minuto. Ele disse também que iniciou essa semana uma longa campanha de conscientização da população, do que vem a ser um CVT. Será feito institucionais da televisão, panfletagem, rádio, jornal, para que a população fique sabendo o que está em jogo, que é interesse de cerca de 10 mil pessoas, em relação a outras cinco pessoas. Na verdade, Dr. Taquinho disse que o movimento está sendo desencadeado não por produtores rurais, e sim por pessoas que não produzem na roça, como o presidente da nova associação, que é comerciante de pastéis. Então, o Sr. Prefeito alertou os produtores sobre os prejuízos que poderão ter com a liderança que tem interesses personalistas, e não interesses da categoria de produtores. Taquinho pediu para que as pessoas não se envolvam por emoção, e que os vereadores analisassem a lei que o Sr. Heitor Raimundi apresentou, onde fala que fica cedido o espaço do Mercado do Produtor Rural para a PROORF, por prazo indeterminado; que a edificação do Mercado fique a cargo da cessionária; que a edificação tem que ser feita num prazo de dois anos; ou seja duas ilegalidades na Lei. Porém, o Sr. Prefeito repetiu que, o que tiver de direito, vai ser acertado, porque não é objetivo do executivo lesar alguém. Ele falou que é muito fácil a pessoa levantar e falar que tem uma lei, mas é preciso analisar se ela é realmente correta, se foi cumprida, e se existe esse direito. Por fim, o Sr. Prefeito pediu para que os vereadores analisassem, pois existem outras maneiras de ajudar o produtor rural, ou se vale a pena para privilegiar cinco pessoas que talvez tenham direito ou talvez não. O Sr. Prefeito disse que antes os produtores não aceitaram ir para Palmeiras quando houve uma reunião, mas agora que tem que ir para o Mini Ceasa, eles já querem ir para Palmeiras. Essas quatro lideranças sempre contra tudo. Dr. Taquinho disse que esse é o motivo pelo qual está na Casa, para que os vereadores prestem atenção. Ele disse que, da parte do Executivo, não haverá nenhum constrangimento e nenhum ressentimento. Se a Câmara impedir a vinda do CVT, será por uma escolha da Casa. O Executivo vai fazer a sua parte, mostrando a importância do CVT para a comunidade. Por fim, o Sr. Prefeito se colocou à disposição para qualquer informação. O vereador Toni do Badalo disse que a negociação se estende a um bom tempo, e não vem agradando as partes, apesar dele entender em outras reuniões que estava tudo acertado. Ele disse que todas as negociações, em todos os estados, em todos os setores, realmente são demoradas; e procura-se chegar a um bom senso. Então, Toni entende perfeitamente os produtores rurais. Então, ele pediu, assim como a vereadora Valéria Alvarenga, se existe a possibilidade de convidar o vice-presidente, para que ele falasse pelos seus colegas, se é que eles se entenderam entre eles mesmos. E no decorrer, Toni quis saber se há possibilidade de marcar um encontro com os representantes dos feirantes, para analisar e chegar a um denominador comum, o que o Sr. Prefeito respondeu que sim. O vereador Wagner Guimarães sugeriu uma audiência pública, conforme já foi falado também pela vereadora Valéria Alvarenga, com todos os feirantes e representantes do Executivo. Ela será realizada na próxima semana, dia 31 de março, sexta-feira, às 19 horas, aqui na Câmara, com representantes da Prefeitura e os feirantes. O Sr. Prefeito agradeceu o espaço nesta Casa. Na seqüência, foi feita a 1a discussão e votação dos Projetos de Lei nos 2.480/06, que permite o reparcelamento dos créditos fiscais e tributários até 2005 e dá outras providências. A princípio, foi colocado em 1a discussão e votação o parecer conjunto das comissões de FLJ / OTC. A vereadora Valéria Alvarenga disse que este PL, embora ela tenha sido voto vencido na Comissão, porque as outras Comissões falaram a respeito de 90 dias, ela justificou que seu voto foi vencido por achar que o contribuinte já está penalizado por carga tributária exorbitante, necessitando de maior dilatação do prazo de pagamento. Colocado em votação o parecer conjunto das Comissões de FLJ / OTC, foi aprovado pela maioria, com voto contra da vereadora Valéria Alvarenga. Colocado em votação o PL emendado, foi aprovado pela maioria, novamente com voto contra da vereadora Valéria Alvarenga. 2/06, que dispõe sobre a instalação de equipamento eliminador de ar na tubulação do sistema de abastecimento de água e dá outras providências. Após pedido do vereador Paulo Roberto, o presidente concedeu vista deste PL. 3/06, que altera a Lei nº 2.762/04, que dispõe sobre o transporte escolar no município. Colocado em votação, foi aprovado à unanimidade. Após pedido de regime de urgência do vereador Dennis Mendonça, o presidente colocou o PL em 2a discussão e votação, sendo novamente aprovado à unanimidade. 4/06, que dispõe sobre o atendimento ao público nas unidades da rede municipal de saúde. Colocado em votação, foi aprovado à unanimidade. Após pedido de regime de urgência da vereadora Valéria Alvarenga, o presidente colocou o PL em 2a discussão e votação, sendo novamente aprovado à unanimidade. 5/06, que disciplina os horários de carga e descarga nas vias públicas. Colocado em votação, foi aprovado à unanimidade. Após pedido de regime de urgência do vereador José Anselmo, o presidente colocou o PL em 2a discussão e votação, sendo novamente aprovado à unanimidade. Logo após, foi feita a 2a discussão e votação do Projeto de Lei no 2.479/06, que autoriza a Abertura de Crédito Adicional Especial. – PROJETO CASA LINDA. Colocado em votação, foi aprovado à unanimidade. Em seguida, o Presidente deu início a Palavra Livre, manifestando-se os vereadores Toninho Araújo, Valéria Alvarenga, Toni do Badalo e José Mauro. A vereadora Valéria Alvarenga começou falando sobre a preocupação com a situação que foi lida essa semana em todas as manchetes de jornais, a respeito do aumento da tarifa de água do DMAES. A vereadora deixou claro para a população que qualquer aumento de água na tarifa no DMAES não é de responsabilidade nem de autonomia desta Casa Legislativa. Mas ela lembrou que a Casa tem um representante no Conselho do DMAES, e fez um apelo a ele para que vote contra o aumento de tarifa. Valéria disse que foi acusada em várias rádios de ter pagado ao motorista no mês de setembro do ano passado a sua folha de ponto, mas o seu ponto estava em branco, ou seja, o motorista não trabalhou e a vereadora – na época secretária – o pagou. Na acusação feita ao Ministério Público do Executivo, diz que o ponto do motorista Antônio José da Cruz está quase em branco. O Sr. Prefeito anexou o ponto em branco, e é verdade, conforme mostrou no plenário a vereadora. Só que, no mesmo período de apuração de freqüência de 1o de setembro a 30 de setembro, ela estava afastada para campanha política, seu decreto de afastamento se deu do dia 1o de abril ao dia 4 de outubro, portanto essa folha de ponto não pertence à gestão da vereadora. Valéria leu também uma carta da secretária que o substituiu, comunicando que o servidor em questão fez um acordo até a presente data de emissão da carta “verbal” (16/09/2004), com o Sr. Nilson Perdigão de Miranda, onde o mesmo, por motivos de força maior, durante o mês de setembro de 2004, trabalhará apenas no período da manhã, devendo ser descontado em suas férias regulamentares 15 dias gozados antecipadamente. Por fim, Valéria entregou todos os autos ao presidente. O vereador Toninho Araújo falou sobre sua indicação, pedindo uma funcionária substituta para o Posto de Saúde, encaminhada ao Secretário Municipal de Saúde. O vereador disse que não é possível que uma cidade que tenha dinheiro para comprar dezenas de carros não pode contratar uma funcionária substituta. Toninho também se referiu à Secretária de Educação, cobrando a falta de um professor de matemática do bairro São Pedro. O vereador disse que ali é o seu bairro, onde ele vive, e continuará defendendo sua comunidade. Toninho Araújo falou também sobre a situação dos feirantes, e a interrupção do Sr. Prefeito na reunião fixa. O presidente disse que o Regimento Interno da Casa permite que o Sr. Prefeito venha a esta Casa e fale com os vereadores e demais presentes. A vereadora Valéria Alvarenga concordou com o presidente, mas acha que, quando o Sr. Prefeito já deixou claro que não haverá mais a feira no local, fica difícil um diálogo entre as partes. O vereador Wagner Guimarães disse que tem expectativa positiva com relação à audiência, porque o Poder Público tem que sentar com os feirantes e negociar de fato. O vereador Toni do Badalo concordou com as palavras da vereadora Valéria com relação ao reajuste da tarifa do DMAES. O vereador lamentou que a liderança dos feirantes não tenha procurado esta Casa durante a última semana. Ele falou que não se chega a um lugar nenhum sem diálogo. O vereador José Mauro parabenizou o vereador Paulo Roberto, pelo brilhante projeto em defesa do contribuinte. José Mauro falou também sobre o reajuste da tarifa do DMAES. O vereador falou também com relação aos feirantes, e lembrou que o ex-vereador Heitor Raimundi também trabalhou muito em cima deste problema. José Mauro falou que o Sr. Prefeito veio aqui de forma democrática, mas a decisão já está tomada. Ele falou também que o Sr. Prefeito veio aqui porque soube que os feirantes estavam organizados e vieram fazer manifestação. Por fim, José Mauro disse que as pessoas devem se unir, se conscientizar, porque só assim os objetivos serão alcançados. Na Tribuna Livre, o Sr. José Benício, falou sobre a Páscoa sem fome. Após seu discurso, o Sr. José Benício respondeu perguntas dos vereadores. Por fim, os vereadores elogiaram a iniciativa do Sr. José Benício, e o presidente deixou a Casa à disposição para ele. Não havendo mais nenhum assunto a ser tratado, o Presidente declarou encerrada a reunião, convocando os Srs. vereadores para a próxima reunião ordinária móvel, a ser realizada no dia 23 de março de 2006, quinta-feira, às 17 horas. Assim se lavrou a presente ata, aprovada e assinada pelo Senhor Presidente, e por mim, Secretário. Ponte Nova, 20 de março de 2006.

                                  

Wagner Mol Guimarães         José Mauro Raimundi

                       Presidente                               Secretário